• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Painel reúne representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo sobre pacto pela Transformação Ecológica

Evento realizado na COP29, em Baku, no Azerbaijão, reforçou o papel estratégico do pacto como catalisador de mudanças estruturais contra as mudanças climáticas

O compromisso do Brasil com a sustentabilidade ganhou um novo capítulo na COP29, em Baku, Azerbaijão. O painel Pacto pela Transformação Ecológica, realizado no Pavilhão Brasil no sábado (16/11), reuniu líderes dos Três Poderes e da sociedade civil para debater estratégias integradas que promovam uma transição justa, alinhamento de políticas públicas, aceleração de investimentos verdes, priorização no julgamento de causas ambientais e climáticas, além de ações legislativas em prol do combate às mudanças climáticas. Participaram da mesa a gerente de programas de cooperação internacional do Instituto Igarapé, Giovanna Kuele, o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), a procuradora-chefe da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, Mariana Cirne, e o presidente do STJ, Herman Benjamin. Jorge Messias, advogado-geral da União, foi mediador do debate.

A assessora especial do Ministério da Fazenda (MF), Fernanda Santiago, representou o Poder Executivo no painel. Ela apresentou iniciativas para impulsionar a sustentabilidade no setor público e na economia, reforçando o papel estratégico do pacto como catalisador de mudanças estruturais. Santiago destacou a urgência de alinhar esforços entre os poderes para acelerar a transformação ecológica, destacando que a coordenação institucional é essencial para garantir que metas ambientais sejam transformadas em resultados concretos para o país.

“O pacto envolve ações concretas do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiro e demonstra nosso compromisso com o enfrentamento da crise climática. O pacto é firmado com três eixos. Um deles se ocupa do ordenamento territorial e fundiário, outro da transição energética e o terceiro da justiça social, ambiental e climática”, disse.

De acordo com a assessora especial, o pacto já gera resultados tangíveis como a aprovação do projeto de lei do Mercado de Carbono no Congresso Nacional, além de outras iniciativas como o PL dos biocombustíveis e também o marco do hidrogênio de baixo carbono. Santiago ainda ressaltou uma série de ações de finanças sustentáveis que o MF elaborou, junto outros ministérios, que garante o aumento do financiamento para investimentos verdes.

A lista inclui a construção da Taxonomia Sustentável Brasileira e o lançamento do Eco Invest Brasil, que garante proteção cambial a investimentos externos de longo prazo, incentivando aportes em projetos sustentáveis no país, entre outros. Outro exemplo citado por Santiago foi a criação, pelo Brasil, de um fundo para preservação de florestas tropicais, o TFFF, que oferece remuneração financeiras para a conservação de aproximadamente 1 bilhão de hectares de florestas tropicais em todo o mundo. “O Brasil vê na transformação ecológica não só um desafio, mas uma oportunidade de crescimento econômico conciliado com o objetivo da sustentabilidade climática e social”, afirmou.

Declaração de Belém

Ainda na COP 29, a assessora especial representou o Ministério da Fazenda no painel Declaração de Belém: o papel da cooperação Amazônica frente aos desafios climáticos, organizado pelo Consórcio Amazônia. Durante sua fala, ela destacou a liderança do Brasil em agendas globais, como evidenciado na presidência do G20, que trouxe avanços em questões como a tributação dos super-ricos e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Ela também apontou como prioridades para futuras conferências a promoção de um Mercado de Carbono plurilateral, que facilite a cooperação entre diferentes nações, a harmonização das taxonomias verdes e o fortalecimento do Fundo para Manutenção das Florestas Tropicais (TFFF), uma iniciativa que busca financiar a preservação ambiental e garantir benefícios socioeconômicos para as comunidades locais. Segundo Santiago, essas medidas são fundamentais para que o Brasil exerça sua liderança com legitimidade e eficiência, reforçando sua posição como articulador global nas discussões sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.

A assessora especial ainda integrou a mesa Transformando potencialidades em realidade: a importância do Legislativo para impulsionar a descarbonização e o adensamento tecnológico na América Latina e Caribe, organizada pela CEPAL/ONU. O debate destacou o papel do Observatório Parlamentar de Mudanças Climáticas e Transição Justa (OPCC) para concluir o processo de transformação das economias com desenvolvimento de tecnologias nacionais que sejam sustentáveis do ponto de vista social e ambiental.